"Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento com um amigo.
Ele é enorme quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequeno pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade. Um amigo é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequeno quando desvia do assunto. Uma amigo é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dele, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma amigo é pequeno quando se deixa reger por comportamentos clichês. Um mesmo amigo pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou não num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que a amizade é traiçoeira nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de uma amizade que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de uma amizade que parecia ser ínfima. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Um amigo é único ao estender a mão, e ao recolhe-la inesperadamente, se torna mais um. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam um amigo grande. É a sua sensibilidade sem tamanho!"
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